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Em busca de solucionar a problemática dos resíduos sólidos na Grande Aracaju, os prefeitos Edvaldo Nogueira (Aracaju), Fábio Henrique (Nossa Senhora do Socorro) e Alex Rocha (São Cristóvão) assinaram na manhã desta quinta, 17, o protocolo de intenções para construção de um aterro sanitário na região. Essa é a primeira iniciativa de consórcio no Estado de Sergipe para a viabilidade de um espaço destinado ao depósito do lixo produzido pela população. É o primeiro passo de uma longa caminhada rumo à solução de um problema histórico das nossas cidades, afirmou Edvaldo Nogueira.
Após inúmeras discussões, está sendo estudada a possibilidade de o aterro ser implantado em um terreno localizado no bairro Palestina, em Socorro. Para tanto, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) realiza uma pesquisa de impacto ambiental na localidade com objetivo de verificar se as condições são propícias. Sendo aprovado e obtendo a licença de construção pela Administrãção Estadual do Meio Ambiente (Adema), a estimativa de investimentos é na ordem de R$ 14 milhões.
De acordo como prefeito Edvaldo, Aracaju se responsabilizará por 70% recursos já que, atualmente, a capital é responsável por 72% dos resíduos sólidos produzidos pela região metropolitana. Nada mais justo. Além de arcar com 70% dos investimentos, a PMA também se encarregará da desapropriação do terreno. Essa é a maneira que temos de compensar a utilização do terreno de Socorro. Já que Aracaju já não tem espaço para comportar um aterro, explicou.
Para o prefeito Fábio Henrique, a parceria é essencial para a concretização de uma obra que solucionará um problema comum, cujo custo é oneroso. Chegou a hora de se resolver isso e juntos tenho certeza de que conseguiremos da melhor forma possível construir e operacionalizar o aterro sanitário, oferecendo o melhor à sociedade. Fazer isso sozinho é muito difícil e o custo é alto, assim como seria levar adiante a idéia de construir um aterro sanitário em Rosário do Catete para atender a demanda de resíduos daqui. Seria o gasto ainda maior transportar daqui para lá, frisou.
O prefeito Alex Rocha não fugiu ao discurso otimista e destacou a necessidade de uma breve solução para uma questão que se arrasta há anos. Está mais do que na hora de dar fim a essa problemática do lixo e ajudar o meio ambiente. Estou muito feliz com essa parceria e que seja ela a primeira de muitas, disse Alex Rocha.
Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Márcio Macedo, a ação pioneira dos três prefeitos é um exemplo a ser seguido pelos demais municípios sergipanos. Não tenho dúvida de que esse consórcio firmado aqui entre Aracaju, Socorro e São Cristóvão será seguido por outras cidades do nosso Estado e que assim possamos desenvolver de forma eficiente a nossa política de resíduos sólidos, ressaltou Márcio.
Projeto de lei
Após a finalização dos estudos no terreno da Palestina, cuja previsão de término é em fevereiro de 2010, e obtenção de licenças junto a Adema, os prefeitos dos três municípios deverão encaminhar aos seus vereadores um projeto de lei para a implantação do aterro sanitário. Isso consiste na ratificação do consórcio junto às câmaras municipais da capital, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão para que seja aprovado e possamos passar para a etapa física, de construção, explicou a presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos de Aracaju (Emsurb), Lucimara Passos.
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