SSP dá início a aula inaugural do Grupo de Trabalho de LBGT
SSP dá início a aula inaugural do Grupo de Trabalho de LBGT (Fotos: Reinaldo Gasparoni)
A
Secretaria de Estado da Segurança Pública realiza nesta segunda-feira,
8, na Academia de Polícia Civil (Acadepol), a reunião inaugural do Grupo
de Trabalho (GT) da SSP/SE para discutir as demandas apresentadas
pelas Conferências Estaduais e Nacionais LGBT e de Segurança Pública,
com vistas aos avanços nas políticas públicas de prevenção e contenção
da violência homo/lesbo/transfóbica no Estado de Sergipe.
De
acordo com o delegado do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa
(DHPP) e coordenador do GT, Mário Leony, “a reunião busca conferir maior
efetividade ao termo de cooperação técnica firmado entre a SSP/SE e o
Governo Federal numa perspectiva transversal, contando com a
participação de representantes das diversas Secretarias de Estado, das
Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. Este GT ainda
pressupõe o exercício da gestão democrática da Segurança Pública com
participação da sociedade civil organizada, pois praticamente todas as
entidades de defesa da plena cidadania de lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais, da capital e do interior do Estado, também
terão assento no GT, destacou.
A
superintendente da Polícia Civil, delegada Katarina Feitoza,
representou o secretário João Eloy no evento. Ela ressaltou que as
discussões que serão levantadas no GT serão de extrema relevância para
mudar o atendimento do público LGBT nas delegacias e unidades policiais
do Estado. “Sergipe sempre foi pioneiro no Brasil na questão de gênero.
Aqui criamos, há alguns anos, o Departamento de Atendimento aos Grupos
Vulneráveis (DAGV) e Centro de Combate à Homofobia (CCH), unidades que
tem um trabalho muito especializado neste tipo de atendimento, mas não
queremos parar por aqui e o GT é uma forma que encontramos para avançar
ainda mais”, explicou.
Metas
Os
representantes dos órgãos, secretárias e movimentos discutirão
propostas já levantadas na 2ª Conferência Estadual LGBT realizada em
Aracaju no ano de 2011. Entre as propostas, as mais solicitadas pelos
movimentos LGBT são a inclusão nos boletins de ocorrências nas
delegacias de um campo específico para registro de motivação da
violência homofóbica, além de um campo de identificação da orientação
sexual e identidade de gênero.
“É
muito humilhante para uma transsexual, travesti ser chamada pelo seu
nome de batismo em uma delegacia. É preciso que o nome social seja
reconhecido e registrado nos boletins de ocorrência. Também é preciso
capacitar os policiais da capital e do interior para atender melhor a
este público, pois somos sujeitos de direitos e de obrigações”, declarou
Adriana Lohanna, assistente social, pesquisadora e coordenadora do
grupo Mexa-se.
A
intenção dos participantes é colocar na pauta da agenda governamental a
criação de um núcleo de monitoramento dos crimes
homo/lesbo/transfobicos. O delegado Mário Leony enfatizou que ocombate
à homofobia requer ações integradas entre as áreas de segurança,
educação, assistência social, cidadania, saúde, dentre outras.
Aula inaugural
A
aula inaugural do GT foi realizada pela delegada Daniela Lima Barreto,
atualmente titular da Delegacia de Delitos de Trânsito. Na ocasião, ela
proferiu uma palestra com o tema: Segurança Pública e população LGBT: da
invisibilidade ao reconhecimento. Entre as experiências da delegacia
está o projeto de criação do DAGV em Sergipe e trabalhos de pesquisa
científica relacionado ao público homossexual.
Fonte: Ascom SSP/SE
Fotos: Reinaldo Gasparoni
Fonte:Faxaju.com.br
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