segunda-feira, 8 de abril de 2013

SSP dá início a aula inaugural do Grupo de Trabalho de LBGT


SSP dá início a aula inaugural do Grupo de Trabalho de LBGT (Fotos: Reinaldo Gasparoni)
Reunião
A Secretaria de Estado da Segurança Pública realiza nesta segunda-feira, 8, na Academia de Polícia Civil (Acadepol), a reunião inaugural do Grupo de Trabalho (GT) da SSP/SE para  discutir as demandas apresentadas pelas Conferências Estaduais e Nacionais LGBT e de Segurança Pública, com vistas aos avanços nas políticas públicas de prevenção e contenção da violência homo/lesbo/transfóbica no Estado de Sergipe.
DelegadoDe acordo com o delegado do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e coordenador do GT, Mário Leony, “a reunião busca conferir maior efetividade ao termo de cooperação técnica firmado entre a SSP/SE e o Governo Federal numa perspectiva transversal, contando com a participação de representantes das diversas Secretarias de Estado, das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. Este GT ainda pressupõe o exercício da gestão democrática da Segurança Pública com participação da sociedade civil organizada, pois praticamente todas as entidades de defesa da plena cidadania de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, da capital e do interior do Estado, também terão assento no GT, destacou. 
DelegadaA superintendente da Polícia Civil, delegada Katarina Feitoza, representou o secretário João Eloy no evento. Ela ressaltou que as discussões que serão levantadas no GT serão de extrema relevância para mudar o atendimento do público LGBT nas delegacias e unidades policiais do Estado. “Sergipe sempre foi pioneiro no Brasil na questão de gênero. Aqui criamos, há alguns anos, o Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV) e Centro de Combate à Homofobia (CCH), unidades que tem um trabalho muito especializado neste tipo de atendimento, mas não  queremos parar por aqui e o GT é uma forma que encontramos para avançar ainda mais”, explicou.
Metas
|Os representantes dos órgãos, secretárias e movimentos discutirão propostas já levantadas na 2ª Conferência Estadual LGBT realizada em Aracaju no ano de 2011. Entre as propostas, as mais solicitadas pelos movimentos LGBT são a inclusão nos boletins de ocorrências nas delegacias de um campo específico para registro de motivação da violência homofóbica, além de um campo de identificação da orientação sexual e identidade de gênero. 
“É muito humilhante para uma transsexual, travesti ser chamada pelo seu nome de batismo em uma delegacia. É preciso que o nome social seja reconhecido e registrado nos boletins de ocorrência. Também é preciso capacitar os policiais da capital e do interior para atender melhor a este público, pois somos sujeitos de direitos e de obrigações”, declarou Adriana Lohanna, assistente social, pesquisadora e coordenadora do grupo Mexa-se.
A intenção dos participantes é colocar na pauta da agenda governamental a criação de um núcleo de monitoramento dos crimes homo/lesbo/transfobicos. O delegado Mário Leony enfatizou que o
combate à homofobia requer ações integradas entre as áreas de segurança, educação, assistência social, cidadania, saúde, dentre outras.
Aula inaugural
DelegadaA aula inaugural do GT foi realizada pela delegada Daniela Lima Barreto, atualmente titular da Delegacia de Delitos de Trânsito. Na ocasião, ela proferiu uma palestra com o tema: Segurança Pública e população LGBT: da invisibilidade ao reconhecimento. Entre as experiências da delegacia está o projeto de criação do DAGV em Sergipe e trabalhos de pesquisa científica relacionado ao público homossexual.
Fonte: Ascom SSP/SE
Fotos: Reinaldo Gasparoni
 
Fonte:Faxaju.com.br

Nenhum comentário: