Banda de rock usa imagem de cultos em vídeo clipe e causa polêmica
O pastor Maurício Price considerou o vídeo preconceituoso e intolerante com a religião evangélica
por
Leiliane Roberta Lopes

Ao falar sobre o clipe para a reportagem do jornal O GLobo, o vocalista Greco Blue diz que a intenção não é desrespeitar nenhuma religião. “Não fomos desrespeitosos em nenhum momento. Fizemos apenas um vídeo engraçado. Ninguém vai ficar ofendido.”
O vídeo foi produzido pelos próprios integrantes da banda carioca que se interessaram pelas imagens depois de se chocarem com o que viam na TV brasileira.
“A gente ficava chocado vendo esses programas que passam em TV aberta, e começamos a pesquisar vídeos de cultos na internet. Piramos nos movimentos, que são muito parecidos com os do Candomblé e da Umbanda, que, aliás, são duas religiões que já vimos serem chamadas de ‘coisa do Diabo’ em programas evangélicos. Então começamos a viajar nisso: na verdade, somos todos iguais, somos todos irmãos e humanos”, disse o músico.
Nas imagens usadas no vídeo clipe encontramos trechos de cultos de igrejas americanas e também brasileiras, incluindo vídeos de pastores famosos como Silas Malafaia e Valdemiro Santiago que também aparecem no vídeo.
Pastor repudia vídeo clipe da banda de Os Azuis
O pastor Mauricio Price, da Igreja Assembleia de Deus, escreveu um texto repudiando o vídeo e afirmando que o clipe é preconceituoso e incita a intolerância religiosa e zombaria.
“O conteúdo de tal vídeo é digno da manifestação de repúdio da nação evangélica nesse país, pois demonstra claramente uma ‘evangélicofobia’ declarada e crescente em nosso país cada vez mais notória na mídia de massa”, afirma o pastor que também é mestre em teologia e Conselheiro Nacional da Sociedade Bíblica do Brasil.
Price tomou conhecimento de tal vídeo através da reportagem do O Globo e ficou surpreso quando o vocalista diz que não vai ofender ninguém com este vídeo considerado por eles como “humorístico”.
Para o pastor o vídeo ofende milhões de evangélicos e até mesmo aqueles que em suas liturgias não reproduzem as ações demonstradas no vídeo da banda. “Embora as cenas repetidamente exibidas não sejam a regra nas liturgias dos cultos evangélicos na maioria das igrejas do país, afirmo que faltou prudência. Faltou respeito.”
Fonte:Noticias Gospel
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