A força dos evangélicos nas eleições 2010 |
A bancada federal de SE ganhou dois deputados evangélicos: Laércio (PR) e Pr. Heleno (PRB) |
09/10/2010 - 08:28 |
Os evangélicos cresceram em nosso país e, com o crescimento, mudam-se muitas vertentes de uma sociedade a exemplo da política. Órgãos de pesquisas afirmaram que antes da terceira década deste milênio o Brasil terá uma grande expressividade de evangélicos. No entanto, ressalto que são evangélicos por opção religiosa, mas acima de tudo cidadãos brasileiros, exercendo as prerrogativas constitucionais de associar aos partidos políticos e concorrer às vagas para as Assembléias Legislativas, Câmara, Senado e ao Planalto.
Políticos evangélicos de SE
A expectativa é que novas gerações percebam que há a necessidade da efetiva participação do segmento evangélico com propostas de trazer a este país melhores condições sociais, econômicas, culturais, educacionais e, dessa forma, problemas como fome e miséria serão debelados pela consciência individual de participação cidadã efetiva.
É com essa análise que em Sergipe, na eleição de 2010, a bancada federal ganhou dois deputados evangélicos: Laércio (PR) e Pr. Heleno (PRB). No caso da bancada estadual os evangélicos perdem uma cadeira; a do Pastor Mardoqueu (PRB). Pr. Antônio (PSC) permanece na Casa.
Pr. Heleno passou quatro anos fora da disputa e agora retorna ao mandato com mais de 60 mil votos. Assim, com 16.440 votos a mais que sua última disputa em 2002. Foi votado em todas as cidades de Sergipe. Em Aracaju estourou com 14.852 votos. Em Canindé, Poço Redondo, Estância, Boquim, Lagarto, Neópolis, Porto da Folha, São Domingos e Monte Alegre ele liderou a disputa pelo voto.
Ele teve apoio das maiores igrejas do estado como a Igreja Universal (IURD) da qual é pastor; da Assembleia de Deus, com aproximadamente 50 mil membros; da Quadrangular, e sem esquecer da Presbiteriana Renovada, que a cada ano vem se tornando uma potência religiosa no estado.
Para a disputa para Assembleia Legislativa estavam os pastores Daniel Fortes, Mardoqueu Bodano e Antônio dos Santos.
Para quem apostava que Daniel Fortes extraia os votos de Pastor Antônio percebeu que a coisa não é tão fácil assim. Antônio teve apoio das maiores igrejas em Sergipe e apenas a IURD não o apoiou. Porém, aposte que a Igreja Quadrangular ajudou e muito nesse processo para elegê-lo.
É fato que Daniel Fortes não chegou perto de tornar-se uma ameaça para Antônio, mas vale lembrar que Daniel teve apoio da Igreja Internacional da Graça. Sem esquecer que o pastor Moacir, da cidade de Maruim, mesmo sendo da Assembleia de Deus apoiou Daniel Fortes e lá o "baixinho” teve mais voto que Antônio. Moacir era Pastor em Estância, então resume que ele mudou-se de lá no tempo certo.
Pastor Mardoqueu mesmo com 18.568 votos não conseguiu se reeleger. Numa coligação potente ele sabia do desafio: com 3.451 votos a mais que a eleição passada Mardoqueu ficou como suplente. Com a ideologia de não “comprar voto”, essa votação foi de um verdadeiro vencedor.
Mardoqueu defende a idéia que não foi reeleito por único motivo: a permissão de Deus.
Bom, acredito que o governo estadual entendeu que Mardoqueu não entrou por outros motivos e não porque perdeu voto. O governo deve entender que chegou a hora de ter um secretário de estado evangélico. Como dizem os twitteiros de plantão #ficaadica.
A corrida presidencial: Marina com força dos evangélicos empurrou Dilma e Serra para segundo turno. Com um minuto de propaganda de TV e rádio, Marina arrematou cerca de 20 milhões de votos em todo Brasil. Será que esses votos farão diferença na campanha de Dilma e Serra? Acho que a resposta já foi dada com a briga pelo apoio da ambientalista
Agora é esperar em quem os evangélicos darão seus votos sem alienações. Dilma que defende o aborto? Ou Serra? O qual já normatizou o aborto em 1998, quando era ministro da Saúde.
#NOTAS#
Confira como ficou a “bancada evangélica” nas eleições 2010
A Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional encolheu para o período 2011-2014. Se eram mais de 40 parlamentares até a atual legislatura, o número para começar a nova legislatura ano que vem não deve ultrapassar a casa dos 30 parlamentares. Apenas a “Bancada Assembleiana”, por assim dizer, teve aumento.
Na legislatura de 2003-2006, ocorreu o recorde de deputados federais assembleianos eleitos: 22. Na legislatura seguinte (2007-2010), esse número caiu drasticamente para 5 deputados federais. Agora, após o pleito de ontem, houve um significativo aumento: haverá 12 deputados federais assembleianos na próxima legislatura.
Abaixo, veja a lista dos deputados federais evangélicos com eleição confirmada até às 7h da manhã de hoje, segundo dados do TSE. Entre parênteses, a posição de cada um entre os mais votados em cada Estado. Os deputados da “Bancada Assembleiana” aparecem com seus nomes em destaque e respectivos números de votos. Na lista, não constam os candidatos eleitos ligados à Igreja Universal, e que divergem em algumas questões defendidas pela Frente Parlamentar Evangélica. O destaque da Universal, mais uma vez, foi o senador Marcelo Crivella, reeleito senador como segundo mais votado no Rio de Janeiro, com 3.332.886 votos.
Evangélicos com eleição confirmada para deputados federais para legislatura 2011-2014:
São Paulo – Marco Feliciano (12º – 211.803 votos); Paulo Freire (24º, 161.083 votos); Missionário José Olimpo (26º) Newton Lima (55º, 110.205 votos); Marcelo Aguiar (57º).
Rio de Janeiro – Garotinho (1º); Eduardo Cunha (5º); Arolde de Oliveira (13º); Filipe Pereira (14º); Benedita (30º); Washington Reis (9º), 138.811 votos); Liliam Sá (43º).
Espírito Santo – Lauriete (8º, com 69.918 votos)
Distrito Federal – Ronaldo Fonseca (7º, 67.920)
Goiás – João Campos (7º, 135.968 votos)
Pará – Zequinha Marinho (7º, 147.429 votos)
Pernambuco – Pastor Francisco Eurico (5º, 185.870 votos)
Paraná – Takayama (14º, 109.895 votos); André Zacharow (20º)
Amazonas – Silas Câmara (4º, 126.688 votos)
Sergipe – Pastor Heleno e Laércio
Rondônia – Nilton Capixaba (3º, 32.016 votos)
SP: Jovem evangélica é a 3ª deputada federal mais votada
A terceira candidata mais votada a deputada federal, Bruna Furlan (PSDB), é filha do prefeito de
Barueri, Grande São Paulo, Rubens Furlan. A tucana recebeu mais de 270 mil votos em São Paulo. Bruna Furlan
Formada em direito na UNIP (Universidade Paulista) e pós-graduada em gestão de cidades pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), Bruna já foi diretora da AACD, já participou de programas de inclusão social focados na moradia e na educação e quer seguir os passos do pai, Rubens, que é o seu espelho. A jovem é evangélica, tem 27 anos e é solteira.
Bruna Furlan fazia parte do PMDB e foi convidada pelo candidato à presidência da República José Serra (PSDB), que disputará o segundo turno com Dilma Rousseff (PT), para fazer parte do partido tucano.
Bruna ficou em terceiro lugar na lista dos candidatos a deputado federal por São Paulo, considerando apenas os que tem ficha limpa, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em primeiro lugar, ficou o humorista Tiririca (PR), seguido por Gabriel Chalita (PSB).
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